Britânico acusado de duplo homicídio e tortura é julgado em Hong Kong

Britânico acusado de duplo homicídio e tortura é julgado em Hong Kong

Rurik Jutting poderá ser condenado a prisão perpétua pela morte de duas jovens indonésias

AFP

Rurik Jutting poderá ser condenado a prisão perpétua pela morte de duas jovens indonésias

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O banqueiro britânico Rurik Jutting se declarou nesta segunda-feira inocente da morte de duas jovens indonésias achadas sem vida em seu apartamento em 2014. No primeiro dia de julgamento pelo caso de homicídio mais importante registrado em uma década em Hong Kong, ex-colônia britânica, o ex-banqueiro voltou a alegar inocência por homicídio doloso, mas não de homicídio culposo.

Rurik Jutting também se declarou culpado da acusação de impedir que um dos corpos fosse enterrado. O julgamento do réu, que trabalhava para o Bank of America Merrill Lynch, durará três semanas. Ele pode ser condenado à prisão perpétua. Seneng Mujiasih e Sumarti Ningsih, ambas com 20 anos, foram achadas mortas no apartamento do acusado em 1º de novembro de 2014. Foi ele próprio que avisou a polícia. Os investigadores acharam Seneng Mujiasih nua com ferimentos de faca nas pernas e nas nádegas, segundo as primeiras indicações da polícia. O corpo em decomposição de Sumarti Ningsih foi achado várias horas depois dentro de uma mala. O acusado gravou as imagens dos crimes, inclusive as torturas que inflingiu à primeira vítima.

Segundo o promotor John Reading, o acusado torturou Sumarti Ningsih, que mantinha relações sexuais com ele, durante três dias antes de matá-la no chuveiro com uma faca de serra. Depois matá-la, o acusado envolveu seu corpo numa lona e o colocou numa mala. Jutting comentou na gravação o quanto gostou de matar a moça e que não poderia tê-lo feito sem consumir cocaína.

Em 31 de outubro, Jutting se encontrou pela primeira vez com Seneng Mujiasih, também para ter relações sexuais, e para matá-la usou facas e um martelo, que escondeu debaixo do sofá. Diante do tribunal, um grupo de manifestantes e membros de associações de ajudas aos imigrantes indonésios pediam um julgamento rápido justo e indenização para as famílias das vítimas.

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