Caminhões com água tentam resfriar reatores nucleares

Caminhões com água tentam resfriar reatores nucleares

Veículos unem esforços a helicópteros desde o início da manhã

Correio do Povo e AFP

Equipe médica da Cruz Vermelha Japonesa trabalha em um centro de evacuação em Ostuchi

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Caminhões carregados com água do mar e canhões policiais auxiliam helicópteros, nesta quinta-feira, na tentativa de resfriar os reatores nucleares da usina de Fukushima, no Japão, evitando assim um desastre nuclear. O trabalho começou por volta das 6h (horário local) e, segundo o Ministério da Defesa, o primeiro esforço conjunto durou 40 minutos.

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A Tokyo Electric Power Company (Tepco), responsável pelo complexo nuclear, informou que a operação irá continuar até à noite, com o objetivo de manter os reatores e a área ao redor deles resfriada. “Isso precisa seguir em diversas frentes”, explicou uma nota da companhia, acrescentando que está recebendo auxílio do governo federal no trabalho. As informações são da CNN.

Já a cidade de Tóquio está em alerta para o risco de blecaute entre a tarde e ao longo da noite de hoje, devido à demanda de energia na região (e intensificada pelas baixas temperaturas no país). Nos últimos quatro dias, a Tepco precisou desligar o fornecimento de luz na área de Kanto, próximo à capital japonesa, para cobrir quedas de energia consequentes do terremoto seguido de tsunami no Nordeste do país.

Em uma medida de emergência, o Ministério do Transporte, Infraestrutura e Turismo pediu às operadoras de trem que operam na região Metropolitana para reduzir o número de vagões entre a tarde e a noite, quando o pico de consumo é máximo devido à volta dos trabalhadores para casa. As operadoras responderam informando que cumpririam a medida a partir das 17h de hoje, segundo a agência Kyodo News.

Balanço

O balanço oficial do terremoto e tsunami, seis dias depois da catástrofe, chegou a 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos. Mas apenas na cidade de Ishinomaki, o número de desaparecidos alcança 10 mil pessoas, segundo autoridades locais. O número de feridos é de 2.285, enquanto mais de 88 mil casas e edifícios foram destruídos, total ou parcialmente.

As autoridades nipônicas também precisam enfrentar a crescente impaciência de 500 mil desabrigados, ante a escassez de água potável e alimentos. A mobilização nacional envolve 80 mil soldados, policiais e socorristas.


Homem é examinado em um centro de triagem de radiação em Koriyama _ Go Takayama / AFP / CP

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