Candidata governista à Presidência do México denuncia ameaças

Candidata governista à Presidência do México denuncia ameaças

Claudia Sheinbaum diz ter recebido mensagens e telefonemas de ódios

AFP

Candidata revelou que vem recebendo ameaças

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A candidata governista à Presidência do Mécico, Claudia Sheinbaum, denunciou, neste sábado (24), que recebe telefonemas e mensagens de ódio após o vazamento de seu número de telefone particular. A revelação ocorre dois dias depois de o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, divulgar o número de uma repórter do jornal The New York Times após a publicação de uma matéria sobre supostos vínculos de pessoas próximas ao presidente com narcotraficantes.

'No dia de hoje estive recebendo telefonemas e mensagens de ódio sem parar, pois alguém publicou meu número de celular nas redes sociais', denunciou Sheinbaum, favorita para as presidenciais de 2 de junho, na rede social X.'É óbvio o que querem fazer, de novo seus ataques são tão grosseiros quanto inofensivos', acrescentou, afirmando que vai trocar o número do telefone. Mais cedo, José Ramón López Beltrán, um dos filhos do presidente, também denunciou na mesma rede social o vazamento de seu número privado.

Em visita a Sinaloa (noroeste), López Obrador qualificou a divulgação de dados de seu filho como um fato 'vergonhoso' e destacou que seus adversários políticos estão por trás disso. Na quinta-feira, López Obrador leu o número da repórter do The New York Times durante sua habitual coletiva de imprensa diária, enquanto revelou um questionário enviado pelo jornal para a reportagem.

A ação motivou uma investigação da entidade encarregada da proteção de dados no México, assim como críticas ao presidente do próprio jornal e de organismos de defesa da liberdade de imprensa.

Segundo o The New York Times, uma investigação de funcionários 'descobriu informação que apontava para possíveis vínculos entre operadores poderosos dos cartéis e funcionários e assessores próximos' de López Obrador antes de ser presidente e quando já estava no poder.

No entanto, ressaltou que 'os Estados Unidos nunca abriram uma investigação formal contra o governante mexicano e os funcionários que estavam fazendo a indagação finalmente a arquivaram'.Outras duas reportagens similares foram publicadas nas últimas semanas em veículos internacionais com base em fontes anônimas americanas, o que López Obrador atribui a uma tentativa de desestabilizar a candidatura de Sheinbaum.A candidata governista, que foi prefeita da capital mexicana, vai enfrentar nas urnas Xóchitl Gálvez, senadora que se apresenta por uma frente opositora, e Jorge Álvarez Máynez, deputado do partido minoritário Movimento Cidadão.

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