Capitão de barco naufragado na Coreia do Sul é preso

Capitão de barco naufragado na Coreia do Sul é preso

Pelo menos 28 pessoas morreram e 268 estão desaparecidas

AFP

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O capitão do ferry sul-coreano que naufragou há três dias na Coreia do Sul, com 475 pessoas a bordo, foi detido neste sábado conforme agência de notícias Yonhap. Lee Joon-Seok enfrenta cinco acusações, incluindo negligência e violação do direito marítimo. O acidente deixou 28 mortos e 268 desaparecidos, segundo o último boletim das autoridades.

Das 475 pessoas que estavam a bordo, incluindo mais de 300 estudantes do ensino secundário, 179 pessoas foram resgatadas e outras 271 continuam desaparecidas. Um suboficial, e não o capitão, pilotava a balsa no momento da tragédia, informou mais cedo a justiça. "Era o terceiro-tenente que estava no comando no momento do acidente", declarou o procurador-geral Park Jae-eok, em entrevista coletiva. "O capitão não estava no leme", revelou.

Violentamente criticado pelas famílias dos desaparecidos por abandonar a embarcação quando centenas de passageiros estavam presos, o capitão Lee Joon-seok estava na "na popa", acrescentou o procurador. As causas do acidente ainda são desconhecidas. Vários passageiros disseram ter ouvido um forte ruído, quando a balsa parou de repente. Isso pode significar que o barco encalhou, batendo no fundo, ou que se chocou contra algum objeto submerso.

Alguns especialistas também sugerem que a carga do ferry, que transportava 150 veículos, tenha se deslocado e desequilibrado a balsa. O capitão garantiu que não bateu em rocha alguma. Cercado pela imprensa na sede da Guarda Costeira, ele pediu desculpas na quinta-feira. "Sinto muito, de verdade, pelos passageiros, pelas vítimas e pelas famílias", declarou. Os pais dos estudantes acusam o governo, os socorristas e a tripulação da balsa de incompetência.

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