Caso Trump: "Não podemos e não iremos normalizar condutas graves", diz promotor de Manhattan
Alvin Bragg afirmou que Trump falsificou registros empresariais para esconder pagamentos feitos em troca do silêncio de pessoas
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O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, afirmou nesta terça-feira (4) que "não podemos e não iremos normalizar condutas criminosas graves", em relação aos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Após o término da audiência a que Trump compareceu, no Tribunal de Manhattan, Bragg veio à público explicar por que fez 34 acusações contra o ex-presidente.
Segundo o promotor, Trump falsificou registros empresariais para esconder pagamentos feitos em troca do silêncio de pessoas. O ex-presidente teria pago por serviços fictícios em 2017, para cobrir o pagamento desses crimes, ocorridos no ano anterior.
"Estes são crimes graves no estado de Nova York, não importa quem você seja. Não podemos e não iremos normalizar condutas criminosas graves", afirmou.
Bragg disse que Trump teria feito 34 declarações falsas e fez com que outros fizessem declarações falsas também. O ex-presidente alegava que estava pagando seu advogado, Michael Cohen, por serviços jurídicos, quando "isso não era verdade". Cohen admitiu ter pago US$ 130.000 a atriz Stormy Daniels, às vésperas da eleição presidencial, em troca do silêncio dela sobre um relacionamento extraconjugal com Trump.
Bragg terminou sua fala dizendo que esta foi uma investigação "completa e rigorosa" e destacou seus 24 anos de experiência. Segundo ele, o caso foi instaurado agora porque estava pronto para ser trazido à tona.