Catalães vão às urnas em eleição atípica

Catalães vão às urnas em eleição atípica

Longas filas se viam nas entradas dos colégios eleitorais

AFP

Longas filas se viam nas entradas dos colégios eleitorais

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A Catalunha vive um racha entre os que querem a independência da região e os que preferem manter a unidade do país. Nesta quinta, a população está indo às urnas para escolher os 135 membros do Parlamento para os próximos quatro anos.

Após meses de indefinição, a votação teve início dentro de um processo que começou com um referendo considerado ilegal pelo governo da Espanha; o artigo 155 da Constituição foi acionado pelo governo central, que destituiu políticos que participaram da tentativa independentista, suspendeu temporariamente a autonomia da região, convocou novas eleições e destituiu Carles Puigdemont, então presidente da comunidade autônoma; diversos políticos presos, um ex-presidente autoexilado na Bélgica e um cenário muito apertado na disputa entre os partidos políticos.

Logo cedo, na manhã de hoje, longas filas se viam nas entradas dos colégios eleitorais. A expectativa é de que mais de 5 milhões e meio de catalães votem até o fim do dia. De um lado, estão três partidos independentistas:  JuntsxCat (Junts per Catalunya), ERC (Esquerda Republicana da Catalunha e CUP (Candidatura de Unidade Popyular). De outro lado, três partidos que rejeitam o separatismo: Ciudadanos, PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha) e PP (Partido Popular).

Apesar da possibilidade de que formem coalizões, é quase certeza que o próximo cenário seja de um parlamento muito fragmentado e com nenhum partido com mais de 40 deputados eleitos. Além disso, estas eleições atípicas contam com diversos candidatos presos e alguns autoexilados na Bélgica.

Ainda não se sabe exatamente como serão a posse e o mandato desses candidatos, caso ganhem a eleição. Como é muito provável que nenhum partido consiga maioria absoluta, deve mesmo ser necessária a formação de coalizões. No entanto, mesmo entre os separatistas ou entre os que querem a unidade nacional, não há consenso. Assim, o dia de hoje parece ser apenas o começo de uma nova etapa de negociações na Catalunha.


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