Centenas de trabalhadores se reúnem em protesto no Chipre
Manifestantes gritavam em defesa de seus empregos em caso de falência ou reestruturação dos bancos
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A polícia, que em um primeiro momento tentou impedir a marcha, deixou a multidão se aproximar do palácio presidencial. Os manifestantes gritavam em defesa de seus empregos em caso de falência ou reestruturação dos bancos.
O Chipre deve encontrar até segunda-feira 7 bilhões de euros - mais de um terço de seu PIB - para desbloquear uma ajuda internacional de 10 bilhões de euros da troika de credores e para continuar a receber do BCE dinheiro líquido emergencial para seus bancos. O ministro das Finanças, Michalis Sarris, assegurou que foram registrados progressos significativos e considerou que o Parlamento poderá, até o fim do dia, aprovar novas medidas, mas um membro da Câmara assegurou que nenhum debate ou votação está prevista para hoje.
Sexta-feira à noite, o Parlamento cipriota adotou as primeiras medidas, entre elas uma lei sobre a reestruturação do setor bancário e a criação de fundos de solidariedade. "Nos manifestamos para salvar nosso empregos e nosso fundo de pensão. Foram nossos amigos europeu que nos colocaram neste situação", declarou Petros, funcionário de um banco.
Em Bruxelas, várias fontes próximas às negociações indicaram que o plano negociado inclui a reestruturação de dois grandes bancos cipriotas --Bank of Cyprus e Popular Bank -- que "devem desaparecer". Um novo banco seria criado com os ativos dos dois bancos. O Popular Bank emprega mais de 8.000 pessoas no Chipre, o que representa 1% dos 840.000 habitantes da ilha, o que ilustra a desproporção do setor bancário que a União Europeia denuncia.