Centro comercial no Quênia reabre dois anos após massacre
Complexo foi atacado por insurgentes filiados à Al-Qaeda e deixou 67 mortos
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"Estamos impacientes porque (...) a gente pode mostrar ao mundo que o terrorismo não pode nos colocar para baixo", declarou Ben Mulla, de 34 anos, ferido no ataque. "Eu tinha ido para um almoço de negócios. O tiroteio foi intenso, escondi-me atrás de algumas plantas. Vi quatro terroristas (...) Dispararam contra mim e uma bala ricocheteou na parede e atingiu minha perna. Eles mataram um guarda na minha frente", relatou. "Eles eram jovens. Não tinham emoções. Pareciam desfrutar o que estavam fazendo. Eu nunca vou esquecer os seus rostos, nunca", acrescentou.
O Shebab reivindicou a responsabilidade pelo massacre e disse que atacou o shopping em retaliação pelo envolvimento militar do Quênia na vizinha Somália, mergulhada no caos há duas décadas. As tropas quenianas fazem parte da AMISOM, uma força militar da União Africana que apoia o governo de Mogadíscio contra os insurgentes. Dede o Westgate, os shebabs cometeram mais ataques no Quênia. Em abril, realizaram mais um massacre sangrento na Universidade de Garisa (nordeste), que deixou 148 mortos, em sua maioria estudantes.