CEO da Apple é recebido na China após polêmica em Hong Kong
Empresa foi acusada pelo governo de apoiar manifestações pró-democracia
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O CEO da Apple, Tim Cook, foi recebido nessa quinta-feira por altos funcionários do governo da China em Pequim, depois que a empresa americana foi acusada na semana passada de apoiar o movimento pró-democracia de Hong Kong. Com os desafios financeiros importantes na China continental, a empresa americana sempre evitou tomar partido em assuntos sensíveis.
Mas na semana passada, o jornal estatal chinês Diário do Povo criticou a Apple por ter autorizado em Hong Kong, cenário de protestos desde junho, um aplicativo que permite à população localizar policiais em um mapa. O jornal descreveu o HKMap.live, que a Apple retirou de sua loja de aplicativos, como um apoio aos "agitadores" em Hong Kong.
Tim Cook se reuniu com o diretor da Administração do Estado para a Regulamentação do Mercado (SAMR), Xiao Yaqing, anunciou nesta sexta-feira o organismo. "As duas partes abordaram um amplo leque de assuntos, como o crescimento dos investimentos e o desenvolvimento das empresas na China, assim como a proteção dos direitos dos consumidores", informou a SAMR em seu site, sem entrar em detalhes.
Ex-colônia britânica devolvida à China em 1997, Hong Kong enfrenta há quatro meses uma grave crise política, com manifestações quase diárias e às vezes violentas para denunciar o crescente domínio de Pequim. Tim Cook, que foi criticado por ter cedido à pressão das autoridades chinesas para retirar o aplicativo, afirmou que agiu para "proteger os usuários".