Cepa britânica do coronavírus causador da Covid-19 está presente em 60 países e territórios

Cepa britânica do coronavírus causador da Covid-19 está presente em 60 países e territórios

Mutação é considerada entre 50% e 70% mais contagiosa do que o vírus original

AFP

Vista de um cartaz com os dizeres 'refeitório fechado preventivamente', na casa de repouso De Groene Verte em Houthulst, em 17 de janeiro de 2021, onde 128 residentes e funcionários foram testados positivos para a variante identificada pelos britânicos.

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A variante britânica do coronavírus SARS-CoV-2 continua se espalhando pelo mundo e, na semana passada, estava presente em 60 países e territórios, ou seja, dez a mais do que em 12 de janeiro – informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira. A cepa sul-africana, que, como a britânica, é muito mais contagiosa do que o vírus original, propaga-se mais lentamente e se encontra em 23 países e territórios, três a mais do que em 12 de janeiro, diz a OMS em sua revisão epidemiológica semanal.

A OMS afirma ainda que segue a propagação das outras duas variantes que surgiram no Brasil, a P1, que apareceu no estado do Amazonas e também foi detectada no Japão em quatro pessoas procedentes do Brasil, e outra cepa. "Atualmente, há pouca informação disponível para avaliar se essas novas variantes modificam a transmissibilidade, ou a gravidade", afirma esta agência da ONU, destacando que suas características genéticas similares às das variantes britânica e sul-africana tornam necessário estudos adicionais.

A variante britânica, que foi informada à OMS em meados de dezembro passado, é considerada entre 50% e 70% mais contagiosa do que o coronavírus original. Ela está presente nas seis áreas geográficas da OMS, enquanto a sul-africana aparece em quatro delas. A organização não especificou quais.

Embora muito mais contagiosas, essas variantes não são, a priori, mais letais, segundo o estado atual das pesquisas. O problema é que, como as pessoas podem adoecer com mais facilidade, a pressão sobre os sistemas de saúde aumenta, o que já vem acontecendo em alguns países, como Reino Unido, ou Estados Unidos.

Também se coloca a questão da eficácia das vacinas contra essas novas variantes, mas até agora nada demonstra que os produtos usados são menos eficazes. Além disso, os laboratórios garantiram que podem fornecer rapidamente novas versões de suas vacinas, se for necessário.

A pandemia deixou até agora mais de dois milhões de mortos no mundo. A OMS afirma que o número de óbitos aumentou 9% na semana encerrada em 17 de janeiro em relação à semana anterior, atingindo o recorde de 93 mil mortes.

 

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