Cessar-fogo humanitário fracassa no sul das Filipinas
Governo não obteve a aprovação das Forças Armadas para implementar a trégua
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Centenas de pessoas, no entanto, continuam bloqueadas no centro da cidade, motivo que levou as autoridades a propor um cessar-fogo, aceito pelos jihadistas, para permitir a saída da população. Mas o cessar-fogo não foi concretizado porque o governo não obteve a aprovação das Forças Armadas para implementar a trégua, afirmou Zia Alonto Adiong, porta-voz do comitê de crise provincial.
O exército permitiu apenas que as equipes de emergência se aproximassem dos bairros controlados pelos extremistas e apenas 170 civis foram retirados da área. Depois da primeira retirada, tiros e explosões foram ouvidos, o que forçou a fuga dos socorristas. "Nos sentimos um pouco decepcionados e traídos. Meu Deus! São vidas humanas", disse Adiong. "Há 2.000 pessoas que precisam de ajuda humanitária imediata após 13 dias sem alimentos", completou.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, decretou na semana passada lei marcial na região meridional de Mindanao para reprimir uma insurreição islamita, que segue em curso. O ministro da Defesa da Indonésia, Ryamizard Ryacudu, afirmou neste domingo que o EI tem quase 1.200 combatentes nas Filipinas, incluindo estrangeiros. Ryacudu defendeu, durante um fórum em Cingapura, a cooperação regional para combater os extremistas.