Charlie Hebdo terá edição especial para marcar um ano de atentado
Jorna terá uma seleção de caricaturas dos cartunistas que morreram no ataque
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No dia 7 de janeiro de 2015, dois homens armados atacaram os escritórios do Charlie Hebdo, em Paris, matando 12 pessoas. O atentado ocorreu depois que o jornal publicou um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia, após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencida pelo partido islamita Ennahda, no qual o profeta Maomé era retratado "redator principal". Uma semana depois do atentado, o Charlie Hebdo lançou uma edição preparada pelos sobreviventes do ataque terrorista, que vendeu o recorde de 7,5 milhões de cópias e impulsionou a circulação do semanário.
O Charlie Hebdo afirmou que já recebeu muitas encomendas do número especial de outros países, incluindo 50 mil exemplares para a Alemanha. Atualmente, a publicação vende cerca de 10 mil cópias internacionalmente e aproximadamente 100 mil nas bancas franceses.
A publicação do número especial ocorre em um momento de crescente receio quanto a ataques terroristas na Europa, depois que jihadistas ligados ao movimento extremista Estado Islâmico (EI) mataram 130 pessoas, em Paris, em meados de novembro, em atentados coordenados.
Na Bélgica, Bruxelas cancelou, nesta quarta-feira, as festas previstas para a passagem de ano, justamente, devido ao receio de um eventual atentado na cidade belga, que tem 1,2 milhão de habitantes e que sedia a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.