Chefe da diplomacia europeia denuncia uso da fome como “arma de guerra” em Gaza

Chefe da diplomacia europeia denuncia uso da fome como “arma de guerra” em Gaza

Controlada por Israel, a ajuda internacional chega a conta-gotas no território onde vivem 2,4 milhões de pessoas

AFP

Borell: "crise humanitária não é um desastre natural, não é uma inundação nem um terremoto, é causada pela fome"

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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, denunciou nesta terça-feira (12) o uso da fome "como arma de guerra" em Gaza, em um discurso no Conselho de Segurança da ONU. "Esta crise humanitária não é um desastre natural, não é uma inundação nem um terremoto, é causada pela fome", declarou, fazendo um apelo à entrada de ajuda humanitária no território palestino, onde a ofensiva israelense deixou 31.184 mortos até o momento, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

"Quando estudamos formas alternativas de entregar ajuda, por via marítima ou aérea, temos que lembrar que temos que fazê-las porque a rota terrestre habitual está fechada. Fechada artificialmente", insistiu, afirmando que "pessoas famintas estão sendo usadas como arma de guerra". Borrell reforçou que condena tal prática na Ucrânia e que deve-se fazer o mesmo para a situação em Gaza.

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Controlada por Israel, a ajuda internacional chega a conta-gotas na Faixa de Gaza, um território de 2,4 milhões de habitantes no qual a ONU teme a fome generalizada. A situação é particularmente grave no norte, onde a ajuda a quase 300 mil pessoas, segundo a ONU, é quase impossível devido aos saques, confrontos e à destruição.

A guerra entre Israel e Hamas eclodiu após o ataque sem precedentes de comandos do movimento islamista palestino no sul de Israel em 7 de outubro, matando pelo menos 1.160 pessoas, a maioria delas civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.


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