Chile investiga invasão de e-mails da cúpula militar

Chile investiga invasão de e-mails da cúpula militar

Entre os arquivos divulgados estariam alguns relacionados com os eventos ocorridos após as manifestações sociais em massa nas ruas do Chile em 18 de outubro de 2019

AFP

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O governo do Chile ordenou uma investigação sobre uma "falha de segurança" detectada nos e-mails da cúpula militar e ordenou o retorno urgente da ministra da Defesa, Maya Fernández, que se encontrava nos Estados Unidos. "O governo ordenou uma súmula administrativa para determinar as responsabilidades correspondentes. Além disso, os antecedentes foram postos à disposição da Justiça militar para dar origem à investigação criminal", acrescentou o breve comunicado à imprensa.

"O governo ordenou uma súmula administrativa para determinar as responsabilidades correspondentes. Além disso, os antecedentes foram postos à disposição da Justiça militar para dar origem à investigação criminal", acrescentou o breve comunicado à imprensa.

Ontem, Fernández participaria de uma homenagem organizada pelo governo chileno para seu avô, o presidente socialista deposto Salvador Allende (1970-1973), pelo 50º aniversário de sua participação na Assembleia das Nações Unidas. Teve, no entanto, de voltar para o Chile, após ser informada da ciberinvasão.

Segundo o jornal El Mercurio, a informação sobre a invasão foi divulgada em plataformas que divulgam as atividades de "hackers".

Nelas, o grupo identificado como "Guacamaya" teria divulgado documentos confidenciais da Defesa chilena que abrangeriam cerca de cinco anos, a primeira de várias revelações que poderão acontecer de governos latino-americanos.

De acordo com o jornal, entre os arquivos divulgados estariam alguns relacionados com os eventos ocorridos após as manifestações sociais em massa nas ruas do Chile em 18 de outubro de 2019. O movimento durou várias semanas e terminou em 30 mortos.


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