China está considerando enviar armas à Rússia, diz Blinken

China está considerando enviar armas à Rússia, diz Blinken

Secretário norte-americano alertou Pequim que qualquer fornecimento "causaria um problema sério"

AFP

publicidade

O chefe diplomático dos EUA, Antony Blinken, disse neste domingo (19) que a China está avaliando enviar armas à Rússia em sua ofensiva na Ucrânia e alertou Pequim que qualquer fornecimento "causaria um problema sério".

"A preocupação que temos agora é baseada na informação que temos de que estão considerando fornecer apoio letal" à Moscou para ser utilizado na invasão da Ucrânia, disse Blinken à CBS, especificando que tal ação envolveria "tudo, desde munição até as próprias armas".

Blinken fez comentários semelhantes em uma série de entrevistas à televisão americana da Alemanha, onde no sábado participou da Conferência de Segurança de Munique e se encontrou com seu homólogo chinês, Wang Yi, uma conversa que a diplomacia dos EUA descreveu como "franca e direta".

O secretário de Estado dos EUA o alertou sobre as "implicações e consequências" para a China se for descoberto que ela está fornecendo "apoio material" à Rússia na Ucrânia ou ajudando-a a escapar das sanções ocidentais por sua invasão, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, relatando a conversa bilateral.

Tomados em conjunto, os comentários dos EUA parecem estar entre os avisos mais claros de que a China pode estar pronta para ir além do apoio retórico, político ou diplomático à Rússia e ajudá-la com armas em sua guerra na Ucrânia.

Falando à ABC no domingo, Blinken enfatizou que o presidente dos EUA, Joe Biden, havia alertado seu homólogo chinês, Xi Jinping, já em março passado para não enviar armas para a Rússia.

Desde então, "a China tem tido o cuidado de não cruzar essa linha, atrasando até mesmo a venda de sistemas de armas letais para uso no campo de batalha", segundo uma fonte do governo Biden familiarizada com o assunto.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895