China faz nova advertência a Donald Trump sobre Taiwan

China faz nova advertência a Donald Trump sobre Taiwan

Ministro das Relações Exteriores fez declaração

AFP

China faz nova advertência a Donald Trump sobre Taiwan

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A China fez nesta terça-feira sua maior advertência ao presidente americano eleito Donald Trump, ao afirmar que qualquer pessoa que ameace os interesses de Pequim em Taiwan "levantará uma rocha que esmagará seus pés". "Se tentar sabotar a política de uma só China ou atacar os interesses essenciais da China, no final levantará uma rocha que esmagará seus pés", afirmou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, nessa segunda-feira na Suíça, de acordo com o site do ministério.

Em poucas frases, Trump ameaçou romper o frágil equilíbrio das relações entre Estados Unidos e China. Durante o fim de semana, o futuro presidente dos Estados Unidos deu a entender que a China deveria fazer concessões na área comercial se pretende que Washington continue respeitando a política de "uma só China".

O governo chinês impõe o reconhecimento deste princípio a todos os países com os quais mantêm relações diplomáticas. Esta política impede a independência formal da ilha de Taiwan, que Pequim deseja unificar com o restante da China.
"Não entendo por que temos que estar atados a essa política, a menos que consigamos um acordo com a China sobre outros temas, incluindo o comércio", disse Trump no domingo ao programa Fox News Sunday.

Na segunda-feira, Pequim afirmou que estava "gravemente preocupada" com as declarações de Trump. E nesta terça-feira, a imprensa chinesa criticou duramente o presidente eleito.

"Pequim deveria se preparar para o pior cenário, em particular a respeito de Taiwan, já que este Trump, presunçoso e mal aconselhado, parece disposto a (entrar em) um período tempestuoso", afirma o jornal China Daily em um editorial, ao lado de uma caricatura que mostra o futuro presidente americano sentado em um barril de pólvora.

Trump não falou apenas sobre a questão de Taiwan no domingo. Ele aproveitou para retomar as críticas habituais contra Pequim, acusada de desvalorizar sua moeda para apoiar as exportações ou de construir "uma enorme fortaleza no Mar da China Meridional".

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