China, Irã e nações árabes condenam declaração de Israel sobre considerar bomba nuclear em Gaza

China, Irã e nações árabes condenam declaração de Israel sobre considerar bomba nuclear em Gaza

Declaração de Amihai Eliyahu gerou a sua própria suspensão do governo israelense

AE

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China, Irã e diversas nações árabes condenaram a declaração de um ministro de Israel de que o país considerava como opção lançar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza durante os conflitos. Juntos, os países chamaram a declaração de uma ameaça para o mundo, durante a abertura de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é estabelecer uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.

Os comentários do Ministro do Patrimônio de Israel, Amihai Eliyahu, ocorreram durante uma entrevista de rádio no último domingo, 12. Eliyahu mais tarde chamou de "metafóricas" suas observações. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rapidamente desmentiu os comentários e o suspendeu das reuniões do gabinete.

Israel não confirmou nem negou sua capacidade nuclear. Acredita-se que o país possua armas nucleares, e um ex-funcionário de seu reator nuclear cumpriu 18 anos de prisão em Israel por vazar detalhes e fotos do suposto programa de arsenal nuclear de Israel para um jornal britânico em 1986.

O vice-embaixador da China na ONU, Geng Shuang, disse que Pequim estava "chocada", chamando as declarações de "extremamente irresponsáveis e perturbadoras" e que deveriam ser universalmente condenadas. Geng disse que a China está pronta para se juntar a outros países "para dar um novo impulso" ao estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, dizendo que há uma urgência maior devido à situação atual na região, e pediu que Israel faça parte do Tratado de Não-proliferação Nuclear. 

Migração voluntária 

Outro ministro do governo israelense, Benzalel Smotrich, responsável por cuidar da pasta das Finanças, sugeriu nesta terça-feira que a migração voluntária de palestinos para outro local seria a melhor decisão para o fim da guerra. Smotrich considerou que esta alternativa será "solução humanitária certa" para o conflito. Autoridades palestinas entenderam que a declaração seria como defender uma limpeza étnica. A informação foi publicada no site da Al Jazeera. 

"Eu saúdo a iniciativa dos membros da Assembleia Ram Ben Barak e Danny Danon sobre a migração voluntária de árabes de Gaza para outros países do mundo. Esta é a solução humanitária correta para os moradores da faixa e de toda região", escreveu Smotrich em uma rede social. 


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