Chipre anuncia plano alternativo para evitar quebra de banco

Chipre anuncia plano alternativo para evitar quebra de banco

Projeto descarta decisão de taxar depósitos bancários e criaria fundo de investimento

AFP

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O Chipre tentou nesta quinta-feira evitar a quebra de seus bancos com um plano alternativo, com o qual espera arrecadar o dinheiro que a Europa exige em troca de sua assistência financeira. O conselho de ministros do país se reuniu no palácio presidencial para tentar adotar o chamado "plano B", que descartaria a polêmica decisão de taxar os depósitos bancários e optaria pela criação de um fundo de investimento.

Além disso, está prevista uma conferência telefônica entre os ministros das Finanças da Eurozona para tratar da questão. Os europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prometem à ilha uma ajuda financeira de 10 bilhões de euros para refinanciar sua dívida, devem avaliar o plano cipriota.

O Popular Bank, segundo maior banco do Chipre e sob risco de concordata depois de ter acusado fortes perdas por sua exposição à dívida grega, anunciou nesta quinta que limitou a 260 euros diários os saques em efetivo em seus caixas automáticos. Durante o dia, inúmeros clientes fizeram fila em Nicósia para sacar o máximo permitido por dia de 700 euros, temendo que a entidade feche definitivamente.

O Bank of Cyprus, o maior banco da ilha, pediu ao governo e aos dirigentes dos partidos políticos que acertem com urgência com o Eurogrupo um plano de resgate. O Banco Central cipriota propôs a reestruturação do setor financeiro da ilha, para que se "evite o risco de que os bancos entrem em concordata, além de proteger todos os depósitos assegurados até 100 mil euros", disse o diretor Panicos Dimitriadis.

Os bancos do país estão preocupados com o ultimato fixado nesta quinta pelo Banco Central Europeu, do qual dependem plenamente para continuar recebendo liquidez de emergência.

A crise no Chipre representa "um risco sistêmico", afirmou nesta quinta-feira o presidente dos ministros das Finanças da Eurozona (Eurogrupo), Jeroen Dijsselbloem, ao insistir na necessidade de "proteger a integridade da zona do euro". 

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