Ciberataque deixa sete milhões de venezuelanos sem rede de celular

Ciberataque deixa sete milhões de venezuelanos sem rede de celular

Ação terrorista afetou mais de 13 milhões de usuários

AFP

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Mais da metade dos usuários da companhia estatal de telefonia de celular da Venezuela ficaram sem o serviço após um ataque cibernético, informou nesta quinta-feira o governo.

"Essas ações terroristas que afetaram a plataforma GSM de Movilnet na quarta-feira, deixaram sem comunicação sete dos mais de 13 milhões de usuários que registra a operadora estatal", indicou um comunicado lido pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Hugbel Roa.

Segundo o responsável, essa foi a última escalada contra o sistema de telecomunicações venezuelano, que iniciou na segunda-feira um maciço ciberataque que tirou do ar dezenas de sites de entes públicos e empresas privadas.

Um grupo de hackers que se autodenomina The Binary Guardians reivindicou o ataque, que afetou sites do governo, da Corte Suprema e do Parlamento. Na Venezuela funcionam outras duas operadoras privadas: a Movistar, da espanhola Telefónica, e a Digitel, que foi obrigada pelo governo a voltar atrás no aumento de suas tarifas, apesar da inflação que, segundo o FMI, ultrapassa 720% neste ano.

O ministro denunciou que foram registrados nove cortes na rede de fibra ótica, que deixaram sem serviço de internet, já bastante precário, sete estados. "Os atentados se materializaram com a colaboração de agentes estrangeiros, tentando mais uma vez interromper o sistema de conectividade de nossa nação", indicou Roa, assegurando que os organismos de
segurança do Estado abriram uma investigação.

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