Cinegrafista húngara que chutou migrantes será investigada criminalmente

Cinegrafista húngara que chutou migrantes será investigada criminalmente

Imagens rodaram o mundo e causaram indignação

AFP

Imagens rodaram o mundo e causaram indignação em todo o mundo

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A justiça húngara anunciou nesta quinta-feira a abertura de uma investigação criminal contra a cinegrafista filmada chutando migrantes que tentavam atravessar a fronteira da Hungria. As imagens da cinegrafista da TV húngara passando uma rasteira e chutando migrantes que fugiam da polícia perto da fronteira da Hungria com a Sérvia rodaram o mundo e causaram indignação em todo o mundo, num momento em que o país é criticado por sua atitude para com os refugiados.

Dois pequenos partidos opositores húngaros apresentaram uma queixa policial contra Laszlo, logo depois que as imagens começaram a circular nas redes sociais, na noite de terça-feira. "Como parte da investigação, as autoridades vão analisar se delitos mais graves foram cometidos", indicou Sandor Toro, procurador do condado de Csongrad. Uma pagina criada no Facebook com o nome de "Muro da Vergonha", incluindo fotos, vídeos e comentários relacionados às imagens envolvendo a jornalista Petra Laszlo, já havia recebido milhares de curtidas.

As imagens mostram centenas de migrantes correndo através de um cordão policial perto da fronteira com a Sérvia. Cercada por colegas de profissão, Laszlo faz com que um homem que carrega uma criança tropece e chuta um outro menino que passa correndo.

A cinegrafista, que foi demitida depois do ocorrido, trabalhava para o canal N1TV, ligado ao partido de extrema-direita Jobbik. Petra Laszlo ainda não reagiu ao incidente.

A Hungria está nas últimas semanas na linha de frente na crise migratória, como porta de entrada da UE de dezenas de milhares de pessoas, vindas principalmente da Síria. Este país tem sido muito criticado por ter construído uma cerca de arame farpado ao longo de toda a sua fronteira com a Sérvia, e por suas gestão dos migrantes que chegam em seu solo.

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