Colômbia multa Odebrecht em US$ 252 mi e inabilita por 10 anos
Contrato para empreiteira construir rodovia teria vencido através de propinas
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A ação popular datada de janeiro de 2017 pedia medidas cautelares para garantir a viabilidade do projeto Ruta del Sol 2, a maior obra rodoviária do país. A decisão com mais de 300 páginas suspendeu definitivamente esse contrato, após se estabelecer que foi licitado através do pagamento de propinas.
Além de ordenar o embargo das contas bancárias, bens e dividendos obtidos pelas empresas implicadas, o despacho judicial declarou responsáveis por corrupção várias pessoas que participaram desse contrato: o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel García, o ex-senador Otto Bula, o ex-presidente da Corficolombiana (proprietária da Episol) José Elías Melo e os ex-diretores da empreiteira brasileira na Colômbia Luiz Bueno, Luiz Mameri e Luiz Da Rocha. O tribunal também declarou a Agência Nacional de Infraestrutura (ANI) responsável.
O dinheiro da multa, segundo o tribunal, só poderá ser usado para finalizar a construção da Ruta del Sol 2, que conecta o centro e o norte país. "Esta cifra supera mais que 22 vezes os US$ 11 milhões inicialmente oferecidos pela multinacional, para receber benefícios em seus processos penais, disciplinares e fiscais na Colômbia", afirmou o Ministério Público em comunicado à imprensa. A Odebrecht na Colômbia emitiu uma nota informando que apelará da sentença e que continuará trabalhando com as autoridades "para seguir auxiliando as investigações em curso".