Com silêncio e lágrimas, americanos lembram os atentados
Cerimônias em três cidades do país homenagearam os quase 3 mil mortos
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Às 8h46min (9h46min de Brasília), personalidades e familiares dos mortos iniciaram uma série de minutos de silêncio. Durante 60 segundos o Marco Zero, local onde ficavam as torres do World Trade Center, foi tomado por um silêncio sepulcral para lembrar o momento exato do impacto do primeiro avião com a Torre Norte.
Depois, às 10h03min, a multidão ficou calada para lembrar o momento em que uma aeronave da United Airlines se chocou contra a Torre Sul do complexo.
A cerca de 320 km de Nova Iorque, em Washington, às 10h37min (horário de Brasília), foi feito um minuto de silêncio para marcar o momento em que um avião da American Airlines se chocou contra o Pentágono, prédio que abriga a cúpula militar dos Estados Unidos, matando 184 pessoas.
A cerimônia em Nova Iorque ficou em silêncio novamente às 10h59min. Naquele momento, exatamente há dez anos, a Torre Sul do World Trade Center desabou em razão do choque do avião da United Airlines, 56 minutos antes. Pessoas presas no prédio e bombeiros que trabalhavam no resgate morreram.
Às 11h03min, o silêncio é em Shanksville, na Pensilvânia, onde caiu um avião da United Airlines. Os passageiros do voo 93 da companhia, que havia sido sequestrado pelos terroristas, decidiram lutar com os sequestradores. A aeronave acabou caindo. O plano dos terroristas era atingir o Capitólio (sede do Poder Legislativo americano) ou a Casa Branca.
A cerimônia de Nova Iorque, que começou com o hino dos Estados Unidos interpretado por um coral do Brooklyn, ocorreu pela primeira vez a partir do interior do Marco Zero, onde foi construído um parque, inaugurado oficialmente neste domingo, em memória das vítimas.
O evento provocou lágrimas. Membros das famílias vestiram camisetas com os rostos dos mortos, levaram fotos, flores e bandeiras em um momento de emoção.
Pela primeira vez, parentes viram o memorial e tocaram os nomes de seus entes queridos, gravados ali. Alguns deixaram flores, outros pequenos ursinhos de pelúcia. Alguns usaram lápis para raspar os nomes em papel, outros tiraram fotografias.
Criança observa os nomes das vítimas escrito no memorial Marco Zero, em Nova Iorque | Foto: Todd Heisler / AFP / CP