Combates no Iêmen deixam 84 mortos após fracasso de negociações

Combates no Iêmen deixam 84 mortos após fracasso de negociações

Confrontos ocorreram especialmente no sul e no leste da cidade portuária de Hodeida

AFP

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Pelo menos 11 combatentes pró-governo e 73 rebeldes huthis xiitas morreram no Iêmen em novos combates no entorno da cidade portuária de Hodeida, no oeste do território, após o fracasso das negociações previstas para acontecer em Genebra - relataram fontes hospitalares neste domingo. Esse balanço corresponde aos combates, qualificados de "violentos", nas últimas 24 horas.

Além dos mortos, 17 combatentes pró-governo ficaram feridos, assim como "dezenas" nas filas dos huthis, segundo as mesmas fontes. De acordo com responsáveis militares iemenitas pró-governo, os confrontos ocorreram especialmente no sul e no leste de Hodeida. As forças pró-governo conseguiram chegar à rota principal que liga Hodeida à capital, Sanaa, e a outras províncias. A aviação da coalizão antirrebelde sob o comando de Arábia Saudita lançou ataques aéreos sobre esta rota, acrescentaram os responsáveis.

Hodeida, assim como Sanaa e outras regiões do norte do Iêmen, estão controladas desde o fim de 2014 pelos huthis. A ONU não conseguiu reunir o governo e os rebeldes iemenitas em Genebra na semana passada, apesar do anúncio do diálogo, o qual deveria ter começado na última quinta-feira. No sábado, anunciaram oficialmente em Genebra que este processo de paz promovido pela ONU tinha fracassado inclusive antes de começar.

O Iêmen vive um conflito violento desde a tomada da capital, Sanaa, em 2014, pelos rebeldes huthis xiitas apoiados pelo Irã. Desde então, a guerra deixou mais de 10 mil mortos, em sua maioria civis, e provocou a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

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