Comissão do Senado aprova candidato de Trump à Suprema Corte dos EUA

Comissão do Senado aprova candidato de Trump à Suprema Corte dos EUA

Suspeito de agressão sexual, Brett Kavanaugh terá nome submetido a votos no plenário

AFP

No dia anterior, juís negou acusações do crime contra academia

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A Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira o candidato do presidente Donald Trump à Suprema Corte, Brett Kavanaugh. No dia anterior, o juiz negou em audiência as acusações de assédio sexual contra uma acadêmica e reiterou que não deixará de ser candidato. "Não serei intimidado a me retirar desse processo", disse Kavanaugh em uma declaração lida, defendendo que acusações são falsas e destroem total e permanentemente sua família e seu candidato. Durante audiência, indicado de Trump disse que processo de confirmação havia se tornado uma "vergonha nacional".

Em uma audiência anterior, que durou quatro horas, a especialista em Psicologia Christine Blasey Ford assegurou à comissão que Kavanaugh tentou estuprá-la em uma festa de 1982, quando os dois estavam no ensino médio. "Achei que ele fosse me estuprar", disse, antes de ser interrogada pela comissão, enumerando os detalhes daquela noite em uma declaração já preparada e lida, enquanto tentava segurar as lágrimas.

Os membros da comissão votaram por partido: os 11 republicanos aprovaram o candidato e os 10 democratas votaram contra Kavanaugh. Agora, sua nomeação será avaliada e submetida ao voto do plenário do Senado, onde os republicanos têm uma estreita maioria de 51 a 49. Um republicano, Jeff Flake, pediu que a votação final seja adiada até a conclusão de uma investigação policial sobre o juiz.

No último dia 9 de setembro o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o juiz Brett Kavanaugh para a Suprema Corte, em gesto que consolida forte tendência conservadora da mais alta instância judiciária do país. Indicação que já sofria forte pressão dos democratas, que tiveram escolha de Barack Obama barrada por republicanos na gestão passada, se intensifica após acusações de agressões que tem o magistrado como alvo.

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