Conflito Hamas-Israel tem mais de 187,5 mil deslocados internos na Faixa de Gaza
A maioria está abrigada em uma a agência da ONU para refugiados palestinos
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A guerra entre o movimento islâmico palestino Hamas e Israel forçou o deslocamento de mais de 187.500 pessoas dentro da Faixa de Gaza desde sábado, informou o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
"O número de pessoas deslocadas aumentou consideravelmente na Faixa de Gaza, subindo para mais de 187.500 desde sábado. A maioria está abrigada em escolas da UNRWA" (a agência da ONU para refugiados palestinos), disse um porta-voz da OCHA, Jens Laerke, à imprensa nesta terça-feira (10).
Nesta terça, um comunicado divulgado pela ONU afirma que o cerco total da Faixa de Gaza anunciado pelo ministro israelense da Defesa é "proibido" pelo direito internacional humanitário.
"A imposição de cercos que põem em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito internacional humanitário", afirmou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
O alto comissário lembrou que "qualquer restrição à circulação de pessoas e de bens, visando a um cerco, deve ser justificada por necessidades militares. Caso contrário, pode constituir uma punição coletiva".
Da mesma forma, Volker Türk disse estar "profundamente chocado e indignado com os relatos de execuções sumárias de civis e, em alguns casos, de massacres horríveis cometidos por membros de grupos armados palestinos".
Ele pediu a esses grupos que "libertem de imediato, e sem condições, todos os civis capturados".
"A tomada de reféns é proibida pelo direito internacional", frisou Türk, acrescentando que, segundo as primeiras informações, houve vítimas civis nos bombardeios israelenses em Gaza.