Confronto na Ucrânia deixa mais de 30 mortos
Partidários do governo e militares pró-Rússia protagonizaram atos de violência em Odessa
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Em Odessa, às margens do Mar Negro, uma manifestação a favor da unidade da Ucrânia, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas - a maioria torcedores dos clubes de futebol local e de Kharkiv - foi violentamente atacada por militantes pró-russos. Quatro pessoas morreram e pelo menos 15 ficaram feridas, segundo o ministério do Interior.
Após o incidente, militantes pró-Rússia se concentraram em um prédio - a Casa dos Sindicatos - e foram cercados por manifestantes favoráveis à unidade do país. O prédio pegou fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas e 31 pessoas morreram, a maioria intoxicada por monóxido de carbono.
O avanço da insurreição na Ucrânia começou exatamente no sul, depois da rápida anexação da península da Crimeia à Federação Russa, em março. O temor agora é que os movimentos separatistas do leste voltem para aquela região.
O departamento americano de Estado afirmou que "a violência e o caos que levaram a tantas mortes sem sentido e ferimentos são inaceitáveis". "Hoje, a comunidade internacional deve permanecer unida para apoiar o povo ucraniano que suporta esta tragédia", declarou a porta-voz adjunta do departamento de Estado, Marie Harf.
A cidade separatista de Slaviansk, no leste do país, foi alvo de uma operação do Exército ucraniano, em uma ofensiva que deixou "muitos mortos e feridos" e levou a Rússia a convocar uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.