Confrontos matam 12 Capacetes Azuis na República Democrática do Congo

Confrontos matam 12 Capacetes Azuis na República Democrática do Congo

Missão para manutenção da paz foi atacada por rebeldes muçulmanos

AFP

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Doze Capacetes Azuis morreram na quinta-feira em confrontos na República Democrática del Congo, informou nesta sexta-feira um funcionário das Nações Unidas, no pior ataque sofrido pela organização internacional em sua história recente. O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que entre os mortos são soldados da Tanzânia e que outros 40 militares ficaram feridos. Uma fonte diplomática indicou à AFP que foram 14 os soldados mortos.

A missão para a manutenção da paz nesse país africano, a Monusco, foi atacada por rebeldes muçulmanos do Uganda ADF, um dos grupos armados que operam na região de Kivu do Norte, segundo fontes militares congolesas. Guterres assegurou em um comunicado que se trata do pior ataque sofrido pelos Capacetes Azuis em sua história recente.

"Condeno este ataque. Os ataques deliberados contra os Capacetes Azuis são inaceitáveis e constituem um crime de guerra", enfatizou o diplomata português. "Peço às autoridades da República Democrática do Congo que investiguem este incidente e levam os responsáveis à Justiça. Não deve haver impunidade nesses ataques, nem aqui, nem em qualquer lugar", acrescentou. Segundo Guterres, ao menos cinco militares congoleses também morreram.

Os confrontos entre o governo e as milícias que atuam no país aumentaram este ano, bem como as disputas entre diferentes grupos étnicos. A situação política também tem contribuído para a instabilidade. O mandato do presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001, terminava em dezembro de 2016.

Governo e oposição, apoiados pela Igreja Católica, concordaram em realizar eleições antes do final do ano, mas a Comissão Eleitoral anunciou em outubro que só serão convocadas em 2019.

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