Congresso dos EUA diz ter recebido "documentos preocupantes" sobre Boeing 737 MAX

A Boeing enviou à Administração Federal de Aviação (FAA) e ao ao Comitê de Transporte do Congresso documentos adicionais que foram descobertos por sua investigação interna sobre o desenvolvimento do 737 MAX e incluem "comunicações preocupantes" que os advogados da empresa dizem que precisa divulgar, de acordo com uma pessoa familiarizada com os detalhes. A empresa enviou os documentos "tarde da noite de segunda-feira", horas depois de ter anunciado a demissão imediata de seu CEO, Dennis Muilenburg, informou o assistente deste comitê que investiga o modelo, suspenso de voar desde 13 de março, após protagonizar dois acidentes letais. 

A fonte não especificou, porém, se os papéis tratam da situação antes, ou depois, das tragédias da Lion Air e da Ethiopian Airlines, ocorridas no final de outubro de 2018 e em 10 de março, respectivamente. De acordo com um executivo sênior da Boeing, os documentos incluem novas mensagens de Mark Forkner, um piloto de testes da empresa que se queixou de comportamento errático “flagrante” nos testes de simulador de voo do sistema anti-stall MCAS da Boeing, e se referiu aos “truques mentais dos Jedi”. persuadir os reguladores a aprovar o avião.

O executivo, falando sob condição de anonimato, disse ao Seattle Times que as comunicações de Forkner contêm o mesmo tipo de "conversa fiada" sobre os reguladores da FAA que as mensagens anteriores divulgadas em outubro.  Ele disse que não acha que elas serão explosivas, mas que gerarão manchetes e continuarão sendo um problema para a Boeing. Ele acrescentou que pode haver documentos adicionais dos quais ele não tem conhecimento. "Forkner apresenta um problema contínuo para a empresa, porque ele contratou seu próprio advogado de defesa criminal em vez de advogados contratados pela Boeing, e a empresa não sabe o ele que está fazendo", afirmou o executivo.