Conselho de Segurança pede diálogo e fim da tensão entre Irã e EUA

Conselho de Segurança pede diálogo e fim da tensão entre Irã e EUA

Posição ocorreu pouco depois de Trump ter aplicado novas sanções contra Teerã

AFP

"Você não pode começar um diálogo com alguém que te ameaça, que te intimida", disse o diplomata iraniano Majid Takht Ravanchi

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O Conselho de Segurança da ONU pediu nesta segunda-feira (24) diálogo para deter a escalada entre Estados Unidos e Irã, e medidas para apaziguar as tensões no Golfo. Em uma declaração unânime redigida pelo Kuwait, o Conselho condenou os recentes ataques contra navios-cisterna no estreito de Ormuz, que classificou de ameaça o fornecimento mundial de petróleo e à paz e à segurança internacional.

Após uma reunião de duas horas, o Conselho instou todas as partes a impedir um confronto militar, embora não tenha mencionado diretamente o Irã. A posição comum das potências mundiais se deu pouco depois de o presidente americano Donald Trump ter aplicado novas sanções contra o Irã, desta vez dirigidas ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e oito comandantes dos Guardiães da Revolução, o exército ideológico do regime de Teerã.

Durante a reunião a portas fechadas, o embaixador do Irã nas Nações Unidas disse a jornalistas que as condições não estavam dadas para um diálogo com os Estados Unidos. "Você não pode começar um diálogo com alguém que te ameaça, que te intimida", disse o diplomata Majid Takht Ravanchi, que acrescentou que a "ainda não tem clima para tal diálogo".

O Conselho convocou todos os países na região "a exercer o máximo controle e tomar medidas e ações para reduzir a escalada e a tensão". "Os membros do Conselho perdem que as diferenças sejam discutidas de maneira pacífica e através do diálogo", acrescenta o texto respaldado pela Rússia, aliada do Irã, e pelos Estados Unidos. Reino Unido, França e Alemanha pediram separadamente a "desescalada" e o "diálogo".


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