Conselho Europeu diz que chegou a hora de fechar rota migratória Líbia-Itália
Chegadas à costa italiana alcançaram cifras recorde em 2016
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"Posso lhes assegurar que está ao nosso alcance. O que precisamos é uma total determinação de fazê-lo", acrescentou o presidente do Conselho, em coletiva de imprensa, em Bruxelas, junto ao chefe de governo de unidade nacional líbio, Fayez al Sarraj. A UE "demonstrou capacidade de fechar rotas migratórias", assegurou Tusk, em alusão ao pacto fechado, em março de 2016, com a Turquia, que reduziu consideravelmente a chegada de migrantes à costa grega, a maioria sírios fugindo da guerra.
As chegadas à costa italiana alcançaram cifras recorde em 2016, com mais de 180.000 migrantes. Quatro mil e quinhentas pessoas perderam a vida tentando. Al Sarraj mostrou a predisposição de seu governo para frear o fluxo de migrantes e lutar contra o tráfico de seres humanos, embora tenha exigido à UE adotar mecanismos "mais concretos" para ajudar seu país e uma maior ajuda econômica.
A Comissão Europeia propôs no fim de janeiro um apoio reforçado à guarda costeira líbia e às agências da ONU que socorrem os migrantes na Líbia, mas ainda precisa convencer sobre uma maior contribuição financeira aos países do bloco.