Contraofensiva da Ucrânia avança no sul

Contraofensiva da Ucrânia avança no sul

Ministro russo disse que exército já recrutou mais de 200.000 pessoas em duas semanas

AFP

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As forças russas estão em dificuldades no norte da região de Kherson, no sul do país, onde o exército ucraniano sustenta uma ofensiva há várias semana. As declarações são de autoridades pró-russas de ocupação e blogueiros especializados que acompanham os movimentos no local.

O governador da ocupação imposto pelas Rússia em Kherson, Vladimir Saldo, admitiu um "avanço" dos ucranianos, especificamente mencionando a perda do controle da cidade de Dudchany, embora tenha afirmado que a aviação russa freou as tropas de Kiev, segundo uma entrevista publicada na segunda-feira em seu canal do Telegram. Seu adjunto Kirill Stremousov disse nas redes sociais nesta terça-feira que o avanço ucraniano foi contido e que não há que entrar em "pânico".

O canal russo Rybar, que acompanha os movimentos das tropas de Moscou, revelou que os ucranianos estão avançando em Arkhanguelske e Dudchany com o objetivo de "cortar o abastecimento dos grupos russos que estão na margem direita do rio Dniepr".

A região de Kherson é um território-chave que tinha uma população de um milhão de pessoas antes da guerra. É de fundamental importância por ser uma grande área agrícola, mas também uma rota para a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Estima-se que 80% da região esteja sob o controle dos russos.

Exército russo recruta mais de 200.000 pessoas, diz ministro

O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, nesta terça-feira, que mais de 200.000 pessoas foram recrutadas pelo Exército russo desde o anúncio de uma mobilização "parcial" em 21 de setembro para a ofensiva na Ucrânia.

Oficialmente, esta mobilização ordenada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode permitir o recrutamento de 300 mil reservistas com experiência militar, ou com competências úteis para a batalha, em um momento em que o Exército russo se encontra em dificuldades na Ucrânia.

Shoigu declarou ainda que as tropas mobilizadas estão sendo treinadas em cerca de 80 campos militares e seis centros de formação. O ministro afirmou que um "número significativo" de pessoas se apresentou voluntariamente nas delegacias do país, antes mesmo de serem convocadas.

A mobilização gerou protestos na Rússia e um êxodo de homens em idade de ir para o "front", levando dezenas de milhares de pessoas a fugirem do país.


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