Coreia do Norte desenvolveu arsenal nuclear, apesar das sanções, diz ONU

Coreia do Norte desenvolveu arsenal nuclear, apesar das sanções, diz ONU

Relatório confidencial mostra que governo norte-coreano financia ações com dinheiro obtido em ciberataques

AFP e R7

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A Coreia do Norte continuou desenvolvendo seu arsenal nuclear e capacidades de mísseis durante um ano, apesar das sanções internacionais impostas a Pyongyang, diz um relatório confidencial da Organização das Nações Unidas (ONU) ao qual a AFP teve acesso no sábado. 

"Os ciberataques, especialmente sobre os ativos de criptomoedas, continuam sendo uma importante fonte de renda para o governo da Coreia do Norte", diz este documento anual que acaba de ser entregue aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.

"A quantidade de importações ilícitas de petróleo refinado aumentou consideravelmente" há um ano, "mas a um nível muito inferior ao de anos anteriores", afirma também o relatório, elaborado por especialistas da ONU encarregados do monitoramento do embargo de armas e econômico internacional e das sanções contra a Coreia do Norte.

Quanto ao armamento norte-coreano que a comunidade internacional tenta limitar, Pyongyang "continuou mantendo e desenvolvendo seus programas nucleares e de mísseis balísticos em violação das resoluções do Conselho de Segurança", destacam os especialistas.

"Embora não haja informações de testes nucleares ou lançamentos de mísseis intercontinentais, a Coreia do Norte continuou desenvolvendo sua capacidade de produção de material nuclear", acrescentam.

Durante um ano, Pyongyang "demonstrou uma maior capacidade de lançamento rápido, alta mobilidade (inclusive no mar) e uma maior resistência de suas forças de mísseis”, destaca o relatório.

Desde 2017, o Conselho de Segurança nunca encontrou um consenso sobre a questão da Coreia do Norte, como comprovado novamente por uma reunião fechada realizada na sexta-feira no Conselho de Segurança e solicitada por Washington para condenar os últimos testes de mísseis da Coreia do Norte.

Para sair do ponto morto, China e Rússia ofereceram um alívio das sanções com finalidades humanitárias, proposta recusada pelo Ocidente.

Espera-se que Moscou e Pequim voltem a defender seu caso na segunda-feira durante um debate no Conselho sobre os efeitos prejudiciais das sanções, convocado pela Rússia


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