Crânios humanos são encontrados no palácio presidencial de Cabul
Ossos estavam em obras na cozinha do complexo onde vive presidente afegão
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Para identificar os restos, Ghani ordenou a criação e um grupo composto por forenses, membros da comissão afegã dos direitos humanos e funcionários do ministério do Interior, explicou o palácio em um comunicado. A investigação se anuncia complexa em um país que vive há 35 anos um estado de guerra quase permanente. Depois da luta contra o invasor soviético nos anos 80, a guerra civil nos anos 90 e o regime talibã (1996-2001), o país sofre há muito tempo uma insurreição islamita.
Muitos governantes afegãos pagaram com sua vida nesta história marcada pela guerra e pelos golpes de Estado.
Foi o caso do presidente Najibullah, assassinado em 1996 pelos talibãs que colocaram o cadáver em um semáforo, para que a população observasse o corpo. Ele foi enterrado na província oriental de Paktia. Um rito cujo presidente Daud Khan não teve direito, ao ser assassinado durante um golpe de Estado em 1978 junto com 18 familiares no palácio presidencial. Seu corpo foi identificado em 2008 em uma fossa comum com outras 15 vítimas da matança.
O presidente Daud havia chegado ao poder através de um golpe de Estado em 1973 ao derrubar seu primo, o rei Zaher Shah, para proclamar a República.