Crime é elucidado 132 anos depois no Reino Unido
Julia Thomas foi assassinada pela empregada em 1879, no sudoeste de Londres
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O crânio havia sido encontrado em outubro por trabalhadores que reformavam a casa do produtor e diretor da BBC, David Attenborough, em Richmond, no sudoeste de Londres. Mas a casa está situada muito perto da de onde vivia Julia Thomas.
Em um domingo, ao voltar da missa, a vítima foi empurrada escada abaixo e estrangulada por sua empregada. A assassina, em seguida, cortou o corpo com um machado, cozinhou os restos da vítima e os deu às crianças da área para que comessem, como se fosse carne de porco, segundo relatórios da época.
Uma caixa contendo carne humana foi encontrada pouco depois no Tâmisa, que passa perto da casa, e, mais tarde, um pé da vítima foi visto em um loteamento. Mas a cabeça nunca tinha sido achada. A empregada, que também roubou a identidade da patroa e ficou com a dentadura, foi finalmente presa e condenada à morte por um tribunal.
Um século depois, os exames mostraram que o crânio pertenceu a uma mulher branca, de cerca de 50 anos e sem dentes, o que permitiu aos investigadores seguirem as pistas para elucidar o caso conhecido na época com o nome de "Mistério de Barnes". O jardim onde o crânio foi encontrado abrigava, no século XIX, um pub que a empregada frequentava.
"É um caso fascinante e um bom exemplo da forma como os bons e velhos métodos policiais, os arquivos e as tecnologias de ponta podem ser combinados", ressaltou o comissário Clive Chalk, da Scotland Yard.