Cuba autoriza libertação de mais cinco opositores
Ato confirma a continuidade do processo de libertação de presos políticos da ilha
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Nieves foi condenada a 15 anos de prisão em 1999, Ozuna a 15 anos em 2000, Mena Fernández a 17 em 1999 e Ramil a 12 em 1994, enquanto Marimón cumpria 10 anos de prisão desde 2003.
A autorização, que confirma a continuidade do processo de libertação de presos políticos cubanos, ocorre no mesmo dia em que o dissidente Guillermo Fariñas, um psicólogo de 48 anos, recebe do Europarlamento o Prêmio Sakharov, após realizar uma greve de fome de 135 dias para exigir a libertação de opositores.
Coincide também com a viagem nesta quinta-feira à Espanha dos presos políticos Ciro Pérez, Arturo Suárez e Rolando Jiménez, os primeiros a sair da prisão e viajar para Madri fora do grupo dos 52 opositores que o governo decidiu libertar em julho, em um prazo de quatro meses.
Dos 52 dissidentes que permaneciam na cadeia do grupo de 75 sentenciados em 2003 a penas que iam de seis a 28 anos de prisão, 39 já foram soltos e viajaram para a Espanha, como resultado de um diálogo inédito entre o presidente Raúl Castro e o cardeal Jaime Ortega. O chefe do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, manifestou em julho, em Genebra, a vontade oficial de libertar todos os presos políticos sem envolvimento em atos violentos.
A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, que é ilegal e dirigida por Elizardo Sánchez, calcula que restarão cerca de cem opositores na prisão após a libertação dos 52, 13 dos quais rejeitam viajar à Espanha, que acompanha o processo.