Cuba repatriará 725 "funcionários de cooperação" da Bolívia

Cuba repatriará 725 "funcionários de cooperação" da Bolívia

Ministra das Relações Exteriores boliviana disse que saída oportuna e necessária essa saída

Correio do Povo e AFP

Ministra também afirmou que reconduzirá relações com a Venezuela

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O governo da autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Añez, renovará as relações com Cuba e Venezuela, aliadas do ex-presidente Evo Morales. A ilha repatriará a partir de sexta-feira 725 "funcionários de cooperação" da Bolívia, que chegaram ao país desde o primeiro governo do ex-presidente Evo Morales, principalmente para trabalhar cuidados médicos e assistência em educação, informou a ministra das Relações Exteriores, Karen Longaric. "Houve uma longa conversa com o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, em termos muito respeitosos, muito amistosos. Eles estão retirando a partir desta sexta-feira 725 cidadãos cubanos que cumprem funções de cooperação em diferentes áreas. Acho que é oportuna e necessária essa saída, e acho que isto também vai permitir um tratamento respeitoso, como sempre houve entre Cuba e Bolívia", acrescentou. 

A saída dos funcionários se dá em um contexto em que vizinhos da cidade de El Alto entregaram à polícia, na quarta-feira, três cidadãos cubanos com uma mochila na qual transportaram 90 mil bolivianos (cerca de 13 mil dólares) destinados, segundo as autoridades, a financiar movimentos de protesto contra o novo governo provisório.  Longaric não se referiu a esta versão em uma reunião com jornalistas locais. A chefe da diplomacia boliviana também revelou que "tudo leva a tirar os funcionários que teos na Venezuela e reconstituir as relações da Bolívia com esse país, mas em um contexto de democracia e respeito fundamental pelos princípios do direito internacional e, fundamentalmente, por respeito pelos direitos humanos".

A nova ministra das Relações Exteriores defendeu também que "a Bolívia não sofreu nenhum golpe de estado" nas últimas semanas e anunciou a "reunião dos bolivianos" em um curto governo que será marcado por "limpeza" e a "eficiência" da administração pública. “A Bolívia não experimentou nenhum golpe de estado; a presidente do Estado assumiu a primeira magistratura, respeitando a Constituição e as normas, como o Tribunal Constitucional acreditou em seu pronunciamento, portanto, qualquer julgamento proferido por qualquer autoridade e por outras nações deve perder a verdade para os eventos e incorrer em interferência nas políticas internas do Estado boliviano", afirmou.


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