Cuba saúda "vitória" da Venezuela ante "histeria" da OEA

Cuba saúda "vitória" da Venezuela ante "histeria" da OEA

Caracas, que enfrenta situação delicada, rejeita tentativa de intervenção no país

AFP

Pessoas foram às ruas em Caracas para apoiar Maduro

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Cuba saudou nesta quarta-feira a vitória da Venezuela ante a "incapacidade da OEA para frear a postura histérica" de seu secretário-geral Luis Almagro, frente a Caracas. "Enquanto a ignomínia e a vergonha se retorciam em Washington, em Caracas, esse bravo povo (...) celebrava nas ruas a vitória da moral e das ideias bolivarianas", assinala uma declaração da chancelaria cubana publicada na imprensa local.

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Vinte países reconheceram nessa terça-feira, na Organização dos Estados Americanos (OEA), a "difícil situação" enfrentada pela Venezuela, um passo que aumenta a pressão continental sobre Caracas, que rejeita "a tentativa de intervenção". "Recordando nosso contínuo apoio ao diálogo e à negociação, reiteramos nossa preocupação com a difícil situação política, econômica, social e humanitária que se vive na Venezuela", destaca uma declaração conjunta.

O texto, lido pela representante do Canadá, Jennifer May, durante uma sessão extraordinária do Conselho Permanente convocada a pedido de 18 países para debater a crise venezuelana, informa que a OEA seguirá examinando opções "para apoiar o funcionamento da democracia" naquele país.

Para Cuba, "a OEA demonstrou uma vez mais sua incapacidade para frear a execrável e histérica postura de seu Secretário-Geral, a serviço dos centros de poder e em franca violação da letra e do espírito da própria Carta desta lamentável organização", afirmou a chancelaria cubana.

Segundo Havana, não foi imposta qualquer decisão contra a Venezuela, nem foi dada continuidade às tentativas de aplicar a Carta Democrática Interamericana a esse país com a finalidade de sua suspensão, nem aprovar qualquer documento mal intencionado e com objetivo de ingerência", destacou. O governo de Raúl Castro destacou "a evidente coincidência entre a atual agitação da OEA e a de 1962, quando a conjuração conseguiu separar Cuba desse organismo" ao qual Cuba se recusa a regressar, apesar de já ter sido readmitida.

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