Defensores dos direitos humanos estão detidos desde outubro em "lugares desconhecidos"
ONG pediu às autoridades egípcias que revelem paradeiro de 40 pessoas
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"Muitos dos detidos deram apoio legal e humanitário às famílias dos presos políticos, também desaparecidos", segundo indicou a organização em um comunicado. "A repressão das agências de segurança egípcias atua agora (...) contra esses bravos homens e mulheres que tentaram proteger os desaparecidos", afirmou Michael Page, vice-diretor da HRW para o Oriente Médio.
A ONG afirma ter falado com "um advogado, um ativista de direitos humanos e dois ativistas políticos que estão em contato direto com as famílias dos detidos". Uma das fontes consultadas pela HRW indica que há 80 desaparecidos desde o final de outubro, mas apenas 40 foram confirmados. "As autoridades egípcias deveriam informar imediatamente sobre o local de detenção dos presos e libertar todos os que estavam detidos por exercer seus direitos, além de trazer os demais diante um juiz", afirma a organização.
Em 2013, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, foi derrubado pelo Exército. Abdel Fattah al-Sissi tomou as rédeas do país em 2014, lançando uma intensa repressão contra a Irmandade Muçulmana e a oposição secular.