Defesa de Israel diz que ataque ao Irã pode acontecer em 2024

Defesa de Israel diz que ataque ao Irã pode acontecer em 2024

Ministro Benny Gantz fez declaração em discurso a cadetes da Força Aérea; alvos seriam instalações nucleares iranianas

AFP

Ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, fez comentário em evento militar

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O ministro de Defesa de Israel, Benny Gantz, disse nesta quarta-feira (28) que o país pode atacar instalações nucleares iranianas em dois ou três anos, em comentários inusitadamente explícitos sobre um possível cronograma.

Com os esforços internacionais para renovar um acordo nuclear de 2015 ainda estagnados, os iranianos intensificaram o enriquecimento de urânio, um processo com usos civis que também pode eventualmente produzir combustível para bombas nucleares, embora o Irã negue ter tal projeto.

Especialistas dizem que o Irã poderia aumentar a pureza físsil do urânio nacional para armas em pouco tempo. Mas construir uma ogiva levaria anos, dizem eles, em uma estimativa repetida por um general da inteligência militar israelense neste mês.

"Em dois ou três anos, você pode estar atravessando os céus para o leste e participando de um ataque a instalações nucleares no Irã", disse o ministro da Defesa, Benny Gantz, aos cadetes da Força Aérea em um discurso.

Por mais de uma década, Israel emitiu ameaças veladas de atacar as instalações nucleares do arqui-inimigo se considerasse a diplomacia das potências mundiais com Teerã um beco sem saída. No entanto, alguns especialistas duvidam que Israel tenha poder militar para causar danos duradouros a alvos iranianos distantes, dispersos e bem defendidos.

A previsão da inteligência militar israelense para 2023 é que o Irã "continuará em seu caminho atual de progresso lento" na área nuclear, de acordo com o jornal Israel Hayom no domingo (25).

Sob uma política ambigua destinada a dissuadir os inimigos ao mesmo tempo em que evita provocações que possam estimular corridas armamentistas, Israel não confirma nem nega ter armas nucleares. Os estudiosos acreditam que sim, e o governo israelense teria adquirido a primeira bomba no final de 1966.

Ao contrário do Irã, Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação voluntário de 1970, que oferece acesso a tecnologias nucleares civis em troca da renúncia ao armamento nuclear.


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