Destroços encontrados no Oceano Índico são do voo MH370

Destroços encontrados no Oceano Índico são do voo MH370

Avião desapareceu misteriosamente há 17 meses

AFP

Destroços foram encontrado no Oceano Índico

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Os destroços encontrados em uma ilha do Oceano Índico pertencem ao voo MH370, declarou o primeiro-ministro malaio Najib Razak à imprensa. O anúncio confirma pela primeira vez que o avião que desapareceu misteriosamente há 17 meses caiu.

"Hoje, 515 dias após o desaparecimento do avião, é com o coração pesado que preciso dizer que uma equipe internacional de especialistas confirmou conclusivamente que os destroços da aeronave encontrados na Ilha Reunião pertencem de fato ao MH370", afirmou.

Os especialistas iniciaram nesta quarta-feira no sul da França a análise do fragmento do Boeing 777 encontrado na ilha francesa de Reunião em 29 de julho.  O procedimento é feito na presença de representantes franceses, malaios, chineses e americanos, já que a aeronave pertencia a uma empresa malaia (Malaysia Airlines), o construtor (Boeing) era americano, a maioria dos passageiros (153) eram chineses e a justiça francesa assumiu o caso devido à presença de quatro pessoas desta nacionalidade no avião desaparecido.

Os investigadores começaran verificando a natureza da peça e de que tipo de avião procede, comprovando o número de série, os planos solicitados ao construtor, os materiais utilizados, os processos de fabricação, etc. O fragmento carrega a inscrição "657BB" que, segundo vários especialistas, indica que se trata de um flaperon de B777. A análise de traços de pintura e de certas inscrições deve ajudar os investigadores.

"Cada companhia aérea pinta seus aviões de certa forma e podemos identificar se é efetivamente uma pintura da Malaysia Airlines", explicou Jean-Paul Troadec, ex-diretor do Escritório de Investigação e Análises (BEA). "A companhia aérea pode ter acrescentado inscrições para a manutenção. A fórmula utilizada e a maneira de escrevê-la também darão uma ideia da origem do avião", acrescentou Bascary.

A estrutura metálica do objeto também é analisada "com os meios modernos físicos e químicos, particularmente com um microscópio de varredura eletrônica que aumenta a imagem em 100 mil vezes", afirmou o especialista.
O objetivo é estudar "as rupturas locais da peça" e ver se está danificada por um uso excepcional por parte dos pilotos. Segundo uma fonte próxima à investigação, as análises se concentrarão nos aspectos técnicos.


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