Dezenas de milhares de venezuelanos manifestam apoio a Chávez em Caracas

Dezenas de milhares de venezuelanos manifestam apoio a Chávez em Caracas

Vice-presidente Nicolás Maduro se juntou à concentração

AFP

Ato transcorre em ambiente descontraído depois de forte controvérsia constitucional

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Dezenas de milhares de venezuelanos encheram nesta quinta-feira as ruas do centro de Caracas, aos gritos de "Sou Chávez!", no dia em que o presidente deveria assumir seu terceiro mandato. O grave estado de saúde do mandatário o mantém hospitalizado em Havana há um mês. "Como ele não pode vir, estamos aqui para tomar posse. Nós o amamos", disse à AFP Cleofelia Aceros, enquanto caminhava em direção ao palácio presidencial de Miraflores – lugar marcado para a concentração – pela avenida Urdaneta, ocupada por uma maré vermelha de chavistas – cor do partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

À tarde, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se juntou à concentração. Vestido com um traje esportivo vermelho, Maduro subiu no palco principal, enquanto os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e do Uruguai, José Mujica, ocupavam seus assentos, assim como outros ministros e autoridades da região.

Depois da chegada de Maduro e do número três do chavismo, Diosdado Cabello, a multidão cantou o hino venezuelano acompanhando uma gravação em que era possível ouvir a voz do mandatário, de 58 anos. Com um "Até a vida sempre!", Hugo Chávez se despediu há um mês dos venezuelanos para viajar a Cuba para ser submetido pela quarta vez a uma cirurgia contra um câncer. Desde então, Chávez, que durante 14 anos de governo manteve uma presença quase diária nas telas de televisão, não tem se comunicado com o país.

Seu estado é "estacionário", em um quadro de insuficiência respiratória, segundo o último boletim divulgado na segunda-feira pelo governo. "Se Chávez tivesse vindo hoje tomar posse, eu também teria vindo. Não muda nada o fato de não estar aqui. Levamos ele no coração", afirmou à AFP Luis Brito, de 60 anos, professor de Direito vindo de Puerto la Cruz (noreste).

O ato transcorre em um ambiente descontraído depois de uma forte controvérsia constitucional resolvida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na quarta-feira. A instituição decidiu que Chávez não deve ser substituído e que seu governo será mantido, em decisão aceita pelo líder da oposição, Henrique Capriles.

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