Dois condenados à morte evitam a pena no último minuto nos EUA
Na história moderna, o recorde de execuções em um dia foi registrado em 1999, com quatro mortes
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O senhor Whitaker deve passar o resto de sua vida atrás das grades como castigo por esse crime atroz", escreveu Abbott em um comunicado explicando sua decisão, pouco antes do horário programado para a execução. O governador também levou em consideração que o pai do condenado "insiste que seria vítima novamente se o Estado matasse seu último familiar próximo vivo". Kent Whitaker se esforçava há anos para obter misericórdia para seu filho, a quem perdoou ainda em sua cama no hospital.
Na mesma noite, no Alabama, uma tentativa de administrar uma injeção letal a um preso no corredor da morte, Doyle Hamm, fracassou, levando à interrupção da execução. Um porta-voz do sistema penitenciário estatal explicou que a suspensão se deveu a uma "precaução excessiva" porque não era possível encontrar uma veia que pudesse receber a injeção.
Hamm sofre de câncer no cérebro e linfático e seus advogados argumentaram que, por não ter as veias adequadas, uma injeção letal seria tortura. No entanto, a Suprema Corte decidiu nesta quinta-feira a noite que a execução poderia continuar.
Hamm, que está há três décadas no corredor da morte, foi condenado em 1987 pelo assassinato de um empregado de um motel durante um roubo a mão armada. Enquanto isso, na Flórida, Eric Branch, condenado pelo assassinato de uma estudante em 1993, foi executado às 19h05 de quinta-feira (00h05 GMT de sexta-feira), logo que se esgotaram as apelações de último minuto.
Na história moderna, o recorde de execuções em um dia foi registrado em 9 de dezembro de 1999 quando Oklahoma, Indiana, Texas e Virgínia executaram cada estado um prisioneiro. Mas o maior número da história do país foi alcançado em 26 de dezembro de 1892, em Minnesota, quando as autoridades federais executaram por enforcamento 38 membros da tribo indígena dos Dakota.