Dois deputados judeus visitam Esplanada das Mesquitas em Jerusalém

Dois deputados judeus visitam Esplanada das Mesquitas em Jerusalém

Visitas foram reabertas pela primeira vez desde 2015 após medida imposta para evitar tensões

AFP

Visitas foram reabertas pela primeira vez desde 2015 após medida imposta para evitar tensões

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Dois deputados judeus israelenses foram à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, nesta terça-feira, a primeira vez desde 2015, depois que as autoridades suspenderam parcialmente uma proibição imposta para evitar tensões com os muçulmanos - informaram a Polícia e jornalistas.

Os palestinos consideram essas visitas uma provocação e uma intromissão dos israelenses no lugar sagrado. Segundo a Polícia, o deputado de direita Shuli Moalem-Refaeli visitou a Esplanada, terceiro lugar sagrado do Islã, conhecido como Monte do Templo para os judeus, que o consideram como seu lugar mais santo. O deputado Yehuda Glick, que milita pelo direito dos judeus a rezar nesse local, também esteve na Esplanada. Sua visita não causou nenhum incidente além dos gritos de "Deus é grande" lançado por alguns fiéis muçulmanos presentes na área.

Os judeus têm direito a visitar o recinto religioso em determinadas horas do dia, salvo os deputados que não podem fazê-lo desde 2015. E apenas os muçulmanos têm direito a rezar lá. Ao deixar o lugar, Glick reconheceu, porém, que, após caminhar descalço pela Esplanada, rezou por sua mulher, que está em coma, por sua família e por Israel.

Ele e Moalem-Refaeli aproveitaram a recente decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de suspender durante um dia, como um teste, a proibição de visita para os deputados judeus. A medida foi tomada em outubro de 2015, após tensões entre israelenses e palestinos. Situada em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel, a Esplanada está no centro do conflito entre israelenses e palestinos. As forças israelenses controlam seus acessos, mas é a Jordânia que administra o local por motivos históricos.

O temor de que Israel se aproprie do lugar costuma mobilizar os palestinos, como aconteceu no final de 2015, ou durante duas semanas em julho de 2017. O governo israelense nega ter a intenção de mudar o status quo em vigor na Esplanada.

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