Ebola volta a matar na África

Ebola volta a matar na África

Mulher, de 22 anos, morreu no Norte de Serra Leoa vítima da doença

AFP

Mulher de 22 anos morreu vítima de ebola em Serra Leoa

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira a morte de uma estudante de 22 anos, em Serra Leoa, causada pelo ebola, um dia depois de ter anunciado o fim da epidemia. Segundo fontes oficiais e da própria OMS, a mulher fora internada em um hospital de Magburaka, no Norte do país e já próximo da fronteira com a Guiné-Conacri, e acabou morrendo nessa quinta depois de os testes terem confirmado a doença.

Augustine Junisa, responsável distrital de Saúde de Magburaka, disse aos jornalistas que serão efetuados mais testes ao longo desta sexta-feira, visando avaliar se os familiares foram contaminados. Ela apelou à população da região, estimada 40 mil habitantes, para que se mantenha calma.

A confirmação surgiu horas depois de a OMS ter dado por encerrada a epidemia de ebola na África Ocidental, vírus que, identificado pela primeira vez há quatro décadas, afetou 28.637 pessoas e matou 11.315 delas. Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, países que concentraram 99% dos casos, além da Nigéria e Mali.

No comunicado da última quinta-feira, a OMS admitiu, porém, que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste porque o vírus permanece em certos líquidos corporais de sobreviventes, principalmente no esperma, onde pode subsistir até nove meses.

Na quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, admitiu a possibilidade de o vírus poder reaparecer "nos próximos anos", mesmo que a sua amplitude e frequência devam "diminuir" com o tempo.

A Libéria foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de ebola, em maio de 2015, enquanto em Serra Leoa isso ocorreu em 7 de novembro último. Na Guiné-Conacri, anúncio semelhante foi feito a 29 de dezembro.


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