Em meio ao avanço da variante Delta, Fiocruz prevê interrupção da queda nos números da Covid-19

Em meio ao avanço da variante Delta, Fiocruz prevê interrupção da queda nos números da Covid-19

Agravamento foi detectado a partir da análise de dados recolhidos de 25 a 31 de julho e projeta tendências

AE

Tendência de crescimento aparece, principalmente, no Rio de Janeiro

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O Boletim Infogripe divulgado na quinta-feira, pela Fundação Oswaldo Cruz, indica mudança na curva da pandemia de Covid-19, com a interrupção na tendência de queda e a possível retomada do crescimento do número de casos e de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esse agravamento foi detectado a partir da análise de dados recolhidos de 25 a 31 de julho - a semana epidemiológica 30.

O Rio, com o maior número de casos da variante Delta no País, é um dos três Estados que apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) da SRAG. É a primeira vez que se detecta essa tendência desde o fim de março. Acre e Mato Grosso do Sul, os outros dois Estados nessa situação, registraram sinal moderado desse crescimento. O Rio apresenta sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo.

Nove Estados apresentam pelo menos uma macrorregião de saúde com transmissão comunitária em nível extremamente alto. Quanto às capitais, 13 integram macrorregiões com nível de transmissão comunitária alto, sendo 7 com nível extremamente alto.

A análise da Fiocruz detectou estabilidade nas tendências de curto e longo prazo em DF, Minas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. Já São Paulo, Bahia, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram crescimento na tendência de curto prazo.

Quatro das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 31: Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Rio Branco. Em nove capitais há sinais de queda na tendência de longo prazo. Aracaju (SE), Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP) apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Dez capitais apresentam sinal de estabilização nas tendências de longo e curto prazo: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Plano Piloto de Brasília e arredores (DF), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE) e Vitória (ES).


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