Em Washington, Mujica e Obama discutem situação de presos de Guantánamo
Uruguaio estaria disposto a receber prisioneiros, mas os deixariam livres para se deslocar no território nacional
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Durante a visita, Mujica também terá reuniões com o vice-presidente Joseph Biden, o secretário de Estado, John Kerry, e encontros com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA). Além disso, vai realizar palestras e conferências com setores econômicos e meios de comunicação em Washington.
Em algumas ocasiões, Obama elogiou a “forte liderança” de Mujica na discussão de temas como direitos humanos e inclusão social. E é neste contexto, que o presidente uruguaio vai avaliar o pedido de Obama para que seis presos da Base Naval de Guantánamo sejam enviados ao Uruguai. Diante de constantes denúncias de violações aos direitos humanos e tortura, o governo americano é pressionado pela comunidade internacional a tomar providências em relação aos prisioneiros da base naval em Cuba.
Há alguns dias, Mujica havia dito em Montevidéu que estaria disposto a receber os presos, mas que uma vez em território uruguaio, eles não seriam tratados como prisioneiros e poderiam se locomover livremente dentro do país. Por outro lado, o governo americano exige garantias de que os condenados não abandonarão o Uruguai.
Com relação ao tema das drogas, a imprensa especula que Mujica deve defender o posicionamento adotado no Uruguai, perante Obama, presidente de um dos países de maior consumo no mundo e financiador de grande parte das políticas de combate ao narcotráfico na América do Sul.