Em Washington, Mujica e Obama discutem situação de presos de Guantánamo

Em Washington, Mujica e Obama discutem situação de presos de Guantánamo

Uruguaio estaria disposto a receber prisioneiros, mas os deixariam livres para se deslocar no território nacional

Agência Brasil

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O presidente uruguaio, José Mujica, será recebido nesta segunda-feira  pelo presidente americano Barack Obama, na Casa Branca, em Washington, Estados Unidos. De acordo com a chancelaria do Uruguai, a agenda vai tratar de intercâmbios comerciais e bilaterais e também sobre a proposta de transferência de presos de Guantánamo, em Cuba, para o Uruguai. Além disso, o encontro acontece uma semana depois de o governo uruguaio ter se tornado o primeiro país do mundo a regulamentar a produção, venda e comercialização da maconha.

Durante a visita, Mujica também terá reuniões com o vice-presidente Joseph Biden, o secretário de Estado, John Kerry, e encontros com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA). Além disso, vai realizar palestras e conferências com setores econômicos e meios de comunicação em Washington.

Em algumas ocasiões, Obama elogiou a “forte liderança” de Mujica na discussão de temas como direitos humanos e inclusão social. E é neste contexto, que o presidente uruguaio vai avaliar o pedido de Obama para que seis presos da Base Naval de Guantánamo sejam enviados ao Uruguai. Diante de constantes denúncias de violações aos direitos humanos e tortura, o governo americano é pressionado pela comunidade internacional a tomar providências em relação aos prisioneiros da base naval em Cuba.

Há alguns dias, Mujica havia dito em Montevidéu que estaria disposto a receber os presos, mas que uma vez em território uruguaio, eles não seriam tratados como prisioneiros e poderiam se locomover livremente dentro do país. Por outro lado, o governo americano exige garantias de que os condenados não abandonarão o Uruguai.

Com relação ao tema das drogas, a imprensa especula que Mujica deve defender o posicionamento adotado no Uruguai, perante Obama, presidente de um dos países de maior consumo no mundo e financiador de grande parte das políticas de combate ao narcotráfico na América do Sul.

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