Enem 2023: Lula garante que todas escolas estão com problema de energia resolvido

Enem 2023: Lula garante que todas escolas estão com problema de energia resolvido

Foi noticiado ontem que 84 das 308 escolas do estado de São Paulo que receberiam o exame, estavam sem luz

AE

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu a realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em São Paulo, neste domingo, 5. Segundo o presidente, 100% das escolas tiveram o fornecimento de energia elétrica resolvido. Lula esteve na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, na manhã deste domingo. O presidente visitou uma sala de situação no instituto, onde são monitoradas as operações para realização da prova em todo país.

Cerca de 3,9 milhões de candidatos participam neste domingo do primeiro dia de provas do Enem. Nesta tarde, os estudantes fazem as provas de Língua Portuguesa, Ciências Humanas e Redação. No próximo domingo, 12, os candidatos farão o exame de Matemática e Ciências da Natureza. O Estado de São Paulo foi atingido por fortes chuvas na última sexta-feira, deixando 1 milhão de pessoas sem luz, principalmente na capital.

"Às 10h, antes de vir para cá, liguei para o ministro (de Minas e Energia) Alexandre Silveira, ele estava em São Paulo garantindo que 100% das escolas estão com os problemas de energia resolvidos, portanto, nossos jovens vão ter possibilidade de fazer a prova. Pode ser que alguma cidade, quem sabe no Paraná ou em Santa Catarina, tenha algum problema. Mas, se tiver problema, esses meninos e meninas serão beneficiados na outra prova do Enem", explicou Lula.

No sábado, 4, o governo federal divulgou nota garantindo o fornecimento de geradores para a aplicação do Enem na região. "Nos locais onde a rede de energia elétrica não for restabelecida por meio do sistema de distribuição, as concessionárias deverão alocar geradores para garantir o atendimento do local de prova, sem comprometimento no direito dos estudantes de participar do Enem", diz o comunicado dos ministérios de Minas e Energia e da Educação.

"Ontem, nós estávamos um pouco preocupados com a informação de que por volta de 400 escolas não poderiam ter o Enem por causa da chuva e da falta de energia", disse o presidente. Mas ele contou que, após conversar com Alexandre Silveira, que, por sua vez, estava em contato com o ministro Camilo Santana (Educação), recebeu a garantia de que todas as escolas estariam prontas para aplicar o Enem. "Ou estariam prontas com energia consertada ou aquela que não estivesse pronta, teria gerador".

"Não houve nem haverá interferência (na prova) por parte do governo"

O presidente também citou a sanção da lei que prevê a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Atualmente, há 1,2 milhão de pessoas inadimplentes, com saldo devedor de R$ 54 bilhões, segundo balanço do Ministério do Educação (MEC).

"São duas notícias importantes: primeiro, mesmo com a chuva assolando alguns Estados, a gente vai ter o Enem realizado em todas as escolas desse país. E, para as pessoas que estavam endividadas, a gente anunciou que elas vão poder se desenrolar dessa dívida", disse Lula.

Este é o primeiro Enem realizado pelo presidente em seu terceiro mandato. A expectativa do governo é ampliar os índices de participação no exame, que vêm caindo nos últimos anos. É a primeira vez que Lula visita o Inep para acompanhar a prova.

"Acho que a gente vai caminhar para que as pessoas não precisem sequer pagar taxa no Enem. A gente vai ter que fazer uma combinação para que se torne mais atrativo para esses jovens se inscreverem para fazer seu Enem e entrar numa universidade", disse Lula, que citou ainda que 63% das pessoas que farão o Enem são mulheres.

Nos últimos anos, o Enem foi cercado de polêmicas a respeito de uma possível interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro nas provas do exame. O Inep chegou a criar uma comissão para avaliar os itens do banco de questões do Enem. Questionado sobre o tema, o presidente Lula não respondeu, mas o ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu que a prova será preservada.


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