Equipe de Navalny diz que troca de prisioneiros estava próxima antes de sua morte

Equipe de Navalny diz que troca de prisioneiros estava próxima antes de sua morte

Estados Unidos e Alemanha estariam cientes das negociações

AFP

Equipe de Navalny diz que troca de prisioneiros estava próxima antes de sua morte

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A equipe do opositor russo Alexei Navalny, que morreu em 16 de fevereiro em uma prisão na Rússia, afirmou nesta segunda-feira (26) que havia negociações muito avançadas com as autoridades para libertá-lo em uma troca de prisioneiros.

Maria Pevchikh, colaboradora do ativista, afirmou que ele seria trocado ao lado de "dois cidadãos americanos" detidos na Rússia por um russo preso na Alemanha. "Recebi a confirmação de que as negociações estavam em curso e na fase final", disse, indicando que Navalny seria libertado "em dias".

Pevchikh afirmou em um vídeo que a equipe do opositor trabalhou por dois anos para "tirá-lo" da prisão "a todo custo", mediante uma troca de "espiões russos por presos políticos" detidos na Rússia.

A ativista sinalizou que os Estados Unidos e Alemanha estavam cientes das negociações, mas não informou quais papeis tiveram nos diálogos.

O anúncio da morte de Navalny, principal opositor do Kremlin, após mais de três anos recluso, gerou indignação nas potências ocidentais e seus aliados.

Segundo Pevchikh, Vadim Krasikov, um russo condenado à prisão perpétua na Alemanha pelo assassinato do ex-comandante separatista checheno Zelimjan Jangoshvili em um parque de Berlim em 2019, foi incluído na troca.

A Justiça alemã considera que o assassinato do separatista foi ordenado pelas autoridades russas, que sempre negaram o envolvimento.

Questionada sobre os detalhes das negociações, uma porta-voz do governo alemão não quis fazer comentários.

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de prender cidadãos americanos sob acusações infundadas para utilizá-los como moeda de troca e conseguir a libertação de russos condenados no exterior.

Entre os cidadãos americanos detidos na Rússia estão o ex-militar Paul Whelan e o jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich, ambos acusados de espionagem.

As circunstâncias da morte de Navalny permanecem obscuras e diversos países, incluindo os EUA, apontaram o presidente russo, Vladimir Putin, como responsável.

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