Equipes de resgate precisam retirar escombros com as mãos por falta de máquinas na China

Equipes de resgate precisam retirar escombros com as mãos por falta de máquinas na China

Terremoto deixou pelo menos 400 mortos e 10 mil feridos

AFP

Segundo o governo chinês, temor teve 7,1 de magnitude

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Alguns integrantes das equipes de resgate, que trabalham para socorrer vítimas do terremoto na China, reclamaram da falta de material para o trabalho. "Temos que usar principalmente nossas mãos para despejar os escombros, já que não dispomos de grandes máquinas", declarou o chefe de polícia e coordenador dos resgates, Shi Huajie. "Também não temos equipes médicas", completou.

As autoridades provinciais da China enviaram 5 mil barracas e milhares de peças de roupa para o Noroeste do país, região onde ocorreu o fenômeno, segundo o ministério de Assuntos Civis. A zona fica em uma região habitada por camponeses e nômades da etnia mongol e tibetana. A área tem importantes reservas de carvão, chumbo e cobre.

O forte terremoto na remota província de Qinghai, próxima do Tibete, deixou pelo menos 400 mortos e 10 mil feridos, segundo o balanço oficial divulgado pela agência oficial Xinhua (Nova China). Em maio de 2008, outro terremoto havia devastado a província de Sichuan, também próxima do Tibete.

O município de Yushu, epicentro do tremor, tem 80 mil habitantes. O terremoto aconteceu no início da manhã e teve magnitude de 6,9 graus, de acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), e de 7,1, segundo o governo chinês.

O tremor foi seguido de três réplicas, de até 5,8 graus, segundo o instituto americano. Para medir um terremoto, o USGS utiliza a escala de "magnitude do momento", na qual um sismo de 6 graus é considerado forte. Muitas casas desabaram, as estradas ficaram bloqueadas e os serviços de telecomunicações também foram muito prejudicados na região do Himalaia.

Na cidade de Jiegu, perto do epicentro, mais de 85% dos edifícios, desabaram, segundo o governo local. Entre os prédios afetados, está uma escola profissionalizante, onde muitos estudantes ficaram soterrados. Quase todas as casas são de madeira e terra, de acordo com Karsum Nyima, funcionário da prefeitura.

Segundo a imprensa chinesa, o aeroporto de Yushu estava sem comunicações e as estradas de acesso bloqueadas. O canal oficial CCTV exibiu imagens de soldados retirando os escombros de casas em ruínas, em busca de sobreviventes.

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