Erdogan e Obama conversam sobre extradição de clérigo radicado nos EUA

Erdogan e Obama conversam sobre extradição de clérigo radicado nos EUA

Turquia enviou documentos ao governo americano que comprovariam que Fethullah Gulen organizou tentativa de golpe

AE

Turquia enviou documentos ao governo americano que comprovariam que Fethullah Gulen organizou tentativa de golpe

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A Turquia enviou ao governo do presidente Barack Obama documentos que comprovariam que a tentativa fracassada de golpe na Turquia foi orquestrada pelo clérigo Fethullah Gulen, afirmou nesta terça-feira a Casa Branca. 

O envio foi seguido de uma conversa por telefone entre os presidentes Recep Tayyip Erdogan e Barack Obama, que discutiram a extradição do clérigo radicado nos Estados Unidos, onde vive há quase duas décadas. O porta-voz da Casa Branca, John Earnest, afirmou que o governo avaliam os documentos enviados pelos turcos, e que o pedido de extradição não pode ser formalmente confirmado.

Na conversa, Obama prometeu ajuda a Erdogan na investigação, e salientou a importância de se observar os trâmites democráticos durante a investigação. O telefonema se deu em meio à expansão das prisões de supostos apoiadores do golpe por parte do governo turco.

Gulen, por sua vez, pediu que a Casa Branca negue o pedido e afirmou que não lidera nenhum grupo, mas vive uma vida simples em sua mansão, Saylorsburg. Estima-se, no entanto, que ele tenha um grupo significativo de adeptos na Turquia e no exterior.

Seus seguidores têm ao menos 55 mil negócios abrigados sob o guarda-chuva de uma das maiores organizações da Turquia, a Tuskon, que opera uma bem sucedida rede de escolas cooperativas em 160 países.

Nos últimos anos, pessoas ligadas a Gulen têm tentado se imiscuir a instituições de Estado turcas, especialmente a polícia e o Judiciário. O movimento liderado por Gulen ganhou influência política significativa na última década, ao apoiar inicialmente o partido de Erdogan, o AKP. Os dois, no entanto, se desentenderam desde então.

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